Após a criação da Terra e das primeiras criaturas Deus teve a
primeira decepção, pois o pecado original não estava em seus planos, por assim
dizer, pelo menos em tão curto espaço de tempo! Mas, aconteceu. Então o que se
tinha de fazer era administrar o “prejuízo”! E observe que Caim ainda não tinha
nascido para ceifar a vida de Abel!
Ocorre que, povoada a Terra, os homens, em função do livre
arbítrio, entregavam-se aos prazeres que se lhes apresentavam, tome-se como exemplo
Sodoma e Gomorra.
Como detectara posteriormente, Deus viu que a raça humana que
ele havia criado tinha a natureza ruim, e o seu coração sangrou mais uma vez.
Assim, tomou Ele uma decisão que só um Deus poderia tomar:
acabar com tudo que existia sobre a terra (agora minúscula!).
Chamou o Grande Arquiteto do Universo a Noé, por quem tinha
grande apreço (por achá-lo justo), e orientou-o quanto a construir uma arca e
nela pusesse sua esposa, seus filhos e as esposas dos seus filhos, assim como
casais de todas as espécies de animais, posto que todos os demais seriam
dizimados em função do dilúvio que se abateria sobre os excluídos. E assim foi
feito.
Acontece que Noé não poderia viver o resto dos seus longos
anos de vida dentro de uma arca, com a sua família e milhares de animais como
companheiros e disto lembrou-se Deus. De imediato mandou ventos para que as
águas baixassem e os seus escolhidos como sobreviventes pudessem pousar os seus
pés em terra firme.
Era natural de se esperar que a terra voltasse a ser povoada,
haja vista a ordem de multiplicação dada pelo Senhor dos senhores.
É importante observar que a atitude de Deus foi por ver a
degradação dos povos entre si, por pura liberalidade, não por obrigatoriedade,
imposições de eventuais líderes.
A dúvida que se ressalta neste momento é o que fará Deus por
um povo que hoje está submetido a uma “líder” e a um eventual substituto, que
tem sob a sua batuta 513 mais 81 pseudos representantes da população, 39 ministérios,
mais 100.000 apaniguados que, despudoradamente estão acabando com a dignidade
de 204.000.000 pessoas já tão sacrificadas, muito embora vivam em um país
maravilhoso e rico por natureza?
"Um dilúvio específico onde cada um desses malfeitores
pudessem se afogar em um mar de ética?".
"Mergulha-los na lama que está fazendo com que cada um de nós
tenha vergonha de dizer que é brasileiro?".
A cada dia que passa se descobre uma falcatrua nova. Mas, não
se trata apenas do governo central! O que 27 governadores e 5570 prefeitos estão
fazendo em seus Estados e Municípios? Será que são imunes aos males do poder,
da cobiça, da locupletação?
O que dirão os menos favorecidos que pela primeira vez tiveram
direito a um modesto plano de saúde e agora voltarão a ser obrigados a depender
de um sistema falido? E aqueles que fizeram dívidas para uma melhor moradia e
terão que devolver com perdas financeiras tudo que fora adquirido tendo em
vista o desemprego avassalador?
O pior é que do plano terrestre não vislumbramos qualquer
alternativa para substituir os usurpadores que aí estão.
Assim, como tantos já se manifestaram sobre a nossa desgraça
e nada de alvissareiro foi identificado para a nossa salvação só nos resta...:
“Pai nosso que estais no céu, santificado seja o teu nome,
venha a nós o teu reino, seja feita a tua
vontade assim na TERRA como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai
as nossas dívidas assim nós perdoamos aos nossos devedores, não nos deixe cair
em tentação, mas livra-nos do mal, pois Teu é o reino, o poder e a glória
para sempre Amém!”
ORLANDO FAZIO